Mark Hr
Escrevo para aliviar uma dor interna incompreendida por mim
próprio. E, não sei desde de quando ela começou, se foi quando eu e uma certa
pessoa nos beijamos em um momento qualquer, ou quando tive a certeza que
estava, de alguma forma, sentindo abismos por essa mesma pessoa. Ou quando eu
notei que aquela pessoa já não precisava mais de uma diversãozinha, e
finalmente, foi embora, por incrível que seja, foi embora como se não tivesse
sido nada. Apenas mais uma página em branco no livro dela, ou mais uma peça em
cartaz que não necessite de uma salva de palmas. E, por extraordinariamente que
pareça, talvez eu já sabia que isso ia acontecer mesmo. É, certamente eu já
sabia que ia ser mais uma despedida, porque despedidas são inevitáveis. Mas
talvez volte, ou não. Certas coisas são para ir, e não voltar, e outras
simplesmente voltam, porque pertencem aquele lugar, pois ali é o seu “lar”. E
de alguma forma eu não sou o seu “lar”, e eu já sabia quando eu lhe contava uma
piadinha e você não sorria, ou quando eu fazia uma tremenda idiotice. Uma
idiotice tremenda! Aquelas de fazer até um palhaço desmotivado de risos
conseguir rir, mas não. De alguma forma eu não era a atração principal do seu
circo, e isso doía internamente, e abalava a minha estrutura sentimental. Você
se foi, e foi novamente sem deixar algum rastro, ou alguma pista para que eu
seja um detetive e consiga ir até você. Um grande detetive do estilo Sherlock
Holmes. Mas não! De alguma forma você insiste na negatividade de qualquer forma
concreta, e abstrativa de felicidade, e deteriora qualquer ação, ou
afetividades que tentem fazer para ti. E, talvez eu pudesse ser até a sua Fada
Madrinha, mesmo que não seja o meu forte isso, até porque eu nunca gostei, e
ainda mais por ser um papel feminino, e você sempre soube o quanto eu sou, e
sempre fui idiota por essas coisas. Eu poderia ser até o sua rainha , o sua palhaça, ou qualquer outra coisa, porém você insiste em escolher que eu seja
uma mera pessoa sem determinado papel na sua vida. E no fim, não recebo nem uma
salva de palmas por ter interpretado tão bem o papel de grande idiota que eu
fiz na obra da sua vida.
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